segunda-feira, 8 de novembro de 2010


TRIDIMENSIONÁRIA
Intenção projetual (croqui)

A idéia de se fazer uma luminária, relaciona-se pelo impacto provocado pelo movimento cubista, que rompeu com o realismo, a perfeição, trazendo outras formas e outro contexto as artes e arquitetura, sendo assim uma "nova luz" ao mundo da arte e da arquitetura.

Confeccionando o objeto

Este objeto foi confeccionado com os seguintes materiais: caixas de ovos, madeira, lâminas de retro projetor, jornal, papel, super bonder, fita crep, grampos e fio de nylon.
As caixas de ovos além de representar um volume tridimensional, trazendo textura e movimento a obra,  representam os tons usados pelo cubismo, observados principalmente nas obras de Braque. Além de produzir  luz e sombra pelo seu formato, que também traz de um certo modo a impressão de tridimencionalidade. 

Objeto pronto

O jornal era muito utilizado em obras cubistas na fase sintética, como uma maneira de trazer as imagens novamente reconhecíveis pelo observador. No nosso objeto usamos o jornal com essa mesma intenção, para quebrar um pouco com a tridimensionalidade provocada pelas caixas de ovos e, como uma forma de representar o cotidiano dos observadores  sobre a obra(objeto). O jornal rompe com aquela primeira impressão do cubismo, atraindo o público pelas noticias e acontecimentos do dia a dia.
              Buscando essa mesma idéia, de representação da tridimensionalidade e do  cotidiano, foi usada o obra Guernica de Pablo Picasso. Além dela ser  uma das imagens de maior destaque na vanguarda cubista, observando-se esse desdobramento da perspectiva humana representando as figuras de vários ângulos, um objeto 2D ajudando a compor um objeto 3D, ela narra a guerra civil na Espanha, que foi um acontecimento  histórico e, marcado na vida de cada um do povo.


Tridimendionária exposta (corredor bloco M, 2º piso)

Fazendo uma analogia com o cubismo sintético que fixavam objetos até mesmo inteiros nas obras, trazendo novas idéias para o mundo, fez-se a fixação da TRIDIMENSIONÁRIA à uma lâmpada, para que esta transmita a luz para a “nova era”. E, pelo  uso do complexo de materiais recicláveis também utilizados na fase sintética, relaciona-se a nova era que estamos vivendo hoje, de sustentabilidade.                                     
Resumindo, o movimento cubista deixa de lado a perspectiva e faz a partir de uma tela plana o  surgimento de uma 4ª dimensão, o objetivo da TRIDIMENSIONÁRIA.



quarta-feira, 13 de outubro de 2010

“ A vida pode mudar a arquitetura. No dia em que o mundo for mais justo, ela será mais simples”
 (Oscar Niemeyer)

Bem vindos colegas!!!

Com o objetivo  de desenvolver uma formação contínua a respeito das manifestações dos diferentes estilos e períodos, percebendo a transformação do tempo, este blog vai compartilhar e ensinar um pouco sobre a história da arquitetura. Contamos com o apoio e a colaboração de todos para que este livro da arquitetura tenha cada dia mais e mais páginas escritas.

Leiam, opinem, perguntem. Divirtam-se!!!

Para começar nessa busca por mais conhecimento histórico e arquitetônico iremos conhecer algumas manifestações de diferentes estilos que podem se projetar na atualidade de forma adequada, contextualizada e crítica.
Os movimentos que serão comentados nesse blog estão compreendidos entre o período de 1750 e 1900. Dentro desse tempo o marco desses acontecimentos foi a Revolução Francesa e a Industrial.
Antes a arquitetura era voltada para a Religião, agora nesse período veremos que isso mudou. Nas artes os iluministas começam a representar à exaltação da razão, o cotidiano das pessoas, a arte inspirada na natureza retratando o ideal da cidade e não o real.
Começa o anarquismo, a tentativa de implantar o socialismo e novos materiais e técnicas construtivas, como o aço e o vidro...
Como isso tudo tem muita importância para a historia da Arquitetura, estaremos comentando e explicando sobre alguns movimentos que se desenvolveram dentro dessa época.

O Ornamento na Historia: Da Grécia ao contemporâneo

                 O ornamento sempre teve um papel muito importante na história da arquitetura, por isso falaremos brevemente sobre as várias mudanças ocorridas com ele, vejamos:

Grécia: O ornamento como base do sistema compositivo. Nessa época o ornamento é que fazia a composição das fachadas, utilizando-se principalmente de ornamentos estruturais como as colunas, havia sim outros ornamentos, alguns escultóricos associados a mitologia por exemplo, mas o que predominava mesmo nesse período eram as colunas gregas.



 Igreja de Madeleine em Paris


Roma: O valor da estrutura e o aspecto decorativo. Nesse momento as colunas passam a ser usadas não mais como elementos estruturais, mas sim como elementos de decoração. Na arquitetura romana muitas vezes as colunas decorativas aparece junto a maciços estruturais, demonstrando a perca de sua função estrutural, mas continuando com sua função simbólica. Nessa época surge também monumentos urbanos os quais são atribuídos apenas caráter simbólico, onde as colunas continuam presentes.

Arco do constantino



Românico: O ornamento e o purismo geométrico, a maior expressão do Românico é na religião. Nesse momento da historia, a ênfase maior era dada ao volume, volumes de diferentes alturas, bases com figura geométricas simples, poucas aberturas e utilização da alvenaria em pedra, com sua própria coloração e textura, deixando assim os ornamentos em plano secundário, apenas para suavizarem a volumetria. Aqui o ornamento vai perdendo força e se tornando apenas decoração. Se tirássemos os ornamentos, o estilo românico seria reconhecido do mesmo modo.

Igreja romanica de Nossa senhora Azinheira
Gótico: O ornamento como elemento de comunicação. Nessa época o ornamento aparece em destaque e tem um valor estético muito grande, era uma espécie de ilustração, ele divulgava os princípios religiosos. No gótico os elementos de caráter estruturais são apenas ornamentais, fazendo com que aparentemente pareçam parte da estrutura. Na arquitetura gótica a distribuição dos ornamentos produz uma textura que suaviza o peso das altas construções. Esse estilo ao contrario do românico, se tirarmos os ornamentos ele não seria  reconhecido facilmente. 
 
Catedral de Notre Dame

Renascimento: O ornamento como instrumento para a proporção. No renascimento o ornamento era utilizado para trazer equilíbrio e proporção à edificação. Agora tudo depende da utilização do ornamento em busca da proporção a construção, vários elementos são empregados apenas pra formar uma composição harmônica, proporcional e bela.

Santa Maria della ConsolazioneSanta Maria della Consolazione

Maneirismo: O ornamento como expressão da crise. Esse momento é um momento de crise, rodeado por dúvidas e desordem. O ornamento continua sendo usado como destaque assumindo um caráter escultórico, mas agora fazem uso dele para criticar, questionar, é através dele que se materializam as criticas ao sistema estável passado e as duvidas que o homem vem tendo nesse momento.

Pallazo del Té

Barroco: O ornamento e a expressividade formal. O período Barroco atinge a expressão total do ornamento, sem ele seria impossível se obter toda exuberância que o período demonstra. Ele assume um caráter escultural e monumental, criando quase uma identidade própria, e em alguns casos torna-se elemento estruturador do espaço.

Igreja da ordem terceira de são francisco.

Rococó: Esse período apresenta pouca expressividade arquitetônica no sentido de construção. É um período essencialmente aplicado a decoração de interiores e mobiliário, não querem representar qualquer elemento construtivo, mas sim decorativo, por isso a maioria desses ornamentos eram inspirados em conchas.
Interior Rococó

Neoclassicismo: O ornamento e a busca da verdade. Nesse momento da historia, o neoclassicismo resgata as formas Greco-romanas, a verdade e a racionalidade da construção. As colunas só aparecem quando seu emprego na construção se justifica. Agora cada parte do edifício clássico teria um por que, podendo ser explicado racionalmente, mesmo assim o ornamento representa um importante papel de caráter simbólico.


Atles museum

Ecletismo: O ornamento como expressão da fantasia. Esse período engloba diferentes manifestações, misturando formas de diferentes estilos, passando a ser uma questão de escolha do cliente (burguesia) passando a ser produzido em série, e ser escolhido por catálogos. Nessa mistura o importante é a imitação, mas trazendo sempre algo diferenciado, não com fidelidade a original, mas com fantasia e recriação. Qualquer que seja o estilo escolhido, o ornamento tem uma grande importância simbólica, fazendo a alusão de um período histórico especifico.
Fundaçao Oswaldo cruz

Pré-modernismo - O Art-Nouveau e o Art- Decó: Nessa época, começam a surgir os edifícios em altura, os ornamentos ainda eram empregues à estrutura da edificação, mas havia um sentido de distinção funcional: no pavimento térreo eles eram mais expressivos, pois poderiam ser visualizados, já no coroamento eram de tamanho gigantesco devia a distancia do observador.
       O Art-nouveau é uma fantasia ornamental e por isso pode produzir excessos, sendo difícil o controle da composição. Nele não há regras especificas, não há referencias diretas ao passado, apenas criatividade e invenção. Podendo ser considerada um estilo pré-moderno.
      Já na Art- decó, é um estilo de transição, podendo ser considerado modernista. Com domínio técnico da estrutura em concreto armado e de grandes estruturas em balanço, mesmo apresentado um caráter ornamental em sua composição, a forma do edifício é mais forte que o ornamento. Aqui é o início de um caminho que levará a ausência radical do ornamento.

Chrysler, Empire State

                 O modernismo é um estilo totalmente Anti-ornamento, nessa época houve o surgimento de uma nova visão, fazendo uma  RUPTURA com  relação aos ornamento existente até então, o modernismo renuncia a qualquer elementos histórico, nessa época  lançou-se também a idéia do "ormamento é crime", sendo este, visto como perca de tempo, de esforços e dinheiro;  já no contemporâneo atual, tudo é valido. Assim percebe-se que ao longo da historia os estilos mais puros no ponto de vista ornamenta, são sucedidos por estilos mais propícios a ornamentação e vice-versa.
                 Podemos dizer que criou-se assim, um "efeito sanfona": pouco ornamento, muito ornamento, pouco ornamento, muito ornamento....


terça-feira, 12 de outubro de 2010







ART NOUVEAU
Após o movimento Arts and Crafts surgiu  na Europa entre 1890 e 1910 o Art Nouveau ou arte nova, arte nova, pois no movimento antecedente eles não se preocupavam com a estética, só com a funcionalidade, ai então veio a Art nouveau e mudou isso. O movimento recebeu nomes diferentes nos diversos países onde se manifestou.
A Art Nouveau um estilo estético essencialmente de designe e arquitetura que também influenciou o mundo das artes plásticas.
Os avanços tecnológicos na área gráfica, como a técnica da litografia colorida também teve grande influência.
Na arquitetura é um estilo inovador, que explora novos materiais como vidro e metal, é um etilo floreado, onde se destacam as formas orgânicas, femininas, valorização do artesanato, riqueza de detalhes e destaca se também nos mobiliários, na arquitetura de interiores.
O Art Nouveau continua tendo a sua influência nos tempos atuais. Podemos perceber isso na moda, na arquitetura, na publicidade, no design e demais áreas ligadas as artes.



Arquitetura de interiores...
A arquitetura de interiores busca nos moveis e decoração a restauração de antiguidade, que são detalhadas com curvas que embelezam ainda mais o ambiente.


Arquitetura...
Esse edifício tem influências em formas orgânicas se comparando com uma flor cheio de curvas, e o Art Nouveau também.


Moda e designe...
Nota-se que essa imagem esta carregada de detalhes em curvas, flores, plantas, que se compara com o Art Nouveau a influencia nas formas orgânicas.

Propaganda...
Notamos que o produto esta bem pequeno no canto da imagem, e o restante com detalhes em curvas e cores que embelezam a imagem, cativando o consumidor. No Art Nouveau a influência com flores e curvas era uma característica marcante.



ARQUITETURA DE FERRO


Período que se estende até 1990, foi marcado por um forte crescimento de inovações técnicas construtivas, onde passou-se a utilizar materiais de industrialização, como o ferro e o aço. Porém, essas novas tecnologias foram no início não aceitas, pois até então buscava-se inspiração em materiais mais pesados e em arquitetura de massa, onde o ferro e o aço eram considerados materiais “falsos”. Passado algum tempo, visto sua capacidade de resistência e adaptação a qualquer forma, as construções maciças foram substituídas pelas estruturais.
Foi  uma verdadeira revolução tecnológica, pois além de tornar as construções mais práticas, rápidas, resistentes e criativas, tinha-se menos volume, portanto mais espaço para construir ou circulação. Com versatilidade e resistência foi introduzido com o ferro e o aço, o uso do betão (concreto armado), que possui um peso inferior, sendo possível a construção em alturas. Junto a estes três novos materiais assentava-se o vidro, tornando as obras um verdadeiro espetáculo.


Fonte:http://www.fau.ufrj.br/brasilexpos/frame-hist.html
Data: 12/10/2010
Sendo obra prima da construção racionalista, o Palácio de Cristal em Londres, de Joseph Paxton, inaugurado em 1851, para a 1ª Exposição Mundial, e destruído por um incêndio em 1936, a construção foi montada exclusivamente com elementos pré-fabricados. Com 5 naves, 600m de comprimento, 120m de largura e quase 34m de altura, o edifício encontrava-se separado do exterior apenas por uma superfície de vidro e ferro, registrando uma extrema ligação com as propostas construtivas do século XIX.


Fonte: www.curitiba.pr.gov.br/.../jardimbotanico
Data:12/10/2010

Bem perto de nós, temos a existência das estufas do Jardim Botânico, em Curitiba-PR, inauguradas em 1991. Projetada  por Abrão Assad, as estufas combinam perfeitamente o ferro e o vidro, sendo que a obra teve inspiração no Palácio de Cristal. Hoje, com inúmeras espécies vegetais do Brasil e do mundo, o Jardim Botânico é um dos pontos turísticos mais visitados do Brasil, e espelha para nós estudantes  de arquitetura uma visão diferente de sua estrutura.


Fonte:http://www.voyagesphotosmanu.com/imagem_torre_eiffel.html
Data: 12/10/2010
Com enorme destaque sobre a arquitetura de ferro, temos a Torre Eiffel de Gustavo Eiffel, 1889. De altura inimaginável na época, este  símbolo da capital francesa, permaneceu durante 40 anos sendo a construção mais alta erguida pelo homem. Primeiramente declarada como a “vergonha de Paris”, a Torre Eiffel foi alvo de inúmeras críticas, chamada também de “ chaminé gigante e escura”. Mas, com o passar do tempo, percebeu-se que através do ferro foi possível romper paradigmas e revolucionar a arquitetura, passando a ser chamada de “dama de ferro”.


Fonte: http://arquitetura-moderna.blogspot.com/2008/10/casa-da-cascata.html
Data: 2/10/2010
Destinada para ser desmontada, por que representava um perigo. Onde a sociedade, leiga, achava que iria cair mesmo, podemos fazer uma relação dessa com a Casa da Cascata (Fallingwater), do americano Frank Lloyd Wrigt, 1935, Pensilvânia. A construção trouxe reviravoltas entre Wrigt e os pedreiros, pois estes achavam que a estrutura apresentava-se incapaz de ficar erguida. Sendo que foi necessário o próprio Wrigt ir tirar as fôrmas de sustentação. O que talvez os pedreiros não sabiam é que a obra se resume em concreto armado (betão), sendo os pisos em balanço.
E foi assim, diante muitas críticas, e através da colaboração entre engenheiros e arquitetos
que nasceram as mais belas e perspectivas obras da construção metálica.

          Como um dos maiores influentes nos dias atuais podemos encontrar Santiago Calatrava, que realiza verdadeiras obras de arte inspiradas em formas da natureza, onde o arquiteto e engenheiro espanhol consegue unir espaço, luz, forma e estrutura apenas com a utilização do aço e do vidro.

 

       Com 100m de largura, 40m de altura, a estação ferroviária, localizada no aeroporto de Lyon, Satolas, França, possui distribuído em seus de 5.600m² construídos 1.300 toneladas de aço.




        É uma obra espetacular, que além de funcionalidade, transpira idéias e técnicas inovadoras, capazes de revolucionar uma cidade. Além é claro, das características referentes ao mundo animal, típicas de Calatrava.


       Escolhido também para redesenhar o Complexo esportivo para as Olimpíadas de Atenas, Calatrava mostrou que realmente sabe o que faz, e seus trabalhos são com certeza admirados mundialmente. Nesta, o artista manteve a essência dos jogos, juntou as características históricas e atuais da capital da Grécia com sua extrema particularidade em desenhar esqueletos, e estes ainda formando partes de animais. E, este designer uniu com os elementos da mais alta tecnologia.


http://www.metalica.com.br/surge-no-rio-um-museu-que-pensa-o-amanha


            Iniciando as obras em 1011, com inauguração prevista para 2012, teremos aqui no RJ, uma obra de relevância internacional, projetada por Santiago Calatrava. Trata-se de um Museu de Ciência, que vai unir ciência, tecnologia e conhecimento. Podendo ser comparados esses três aspectos ao conteúdo relacionado, pois o que Calatrava resume em suas obras é a mistura de ciência, tecnologia e conhecimento.
Essas grandiosas inovações de estrutura metálica, combinadas ou não com o vidro são uma tendência muito grande nos dias atuais. E, por sua vez aprovadas, pois além de trazer à obra agilidade, funcionalidade e resistência, contribuem para uma estética diferenciada, ou até mesmo controlada.

Links para saber mais obras de Santiago Calatrava:






 


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

HISTORICISMO

Nessa época a utilização dos ornamentos era livre, cada qual se utilizava dele da maneira que quisessem, sendo desse modo, um “maneirismo” do neoclassicismo.
Também novos materiais estavam sendo utilizados, como por exemplo, o metal. Porém, com medo de que os novos materiais utilizados interferissem e não fossem aceitos pela sociedade, os arquitetos da época usavam formas estilísticas do passado, utilizando elementos decorativos para camuflar as novas estruturas.
No historicismo sempre havia indícios de um revivalismo gótico, porém sempre de modo diferenciado, sem regras, as formas eram apenas “emprestadas” uma imitação esquemática, muitas vezes sendo utilizadas de forma incoerente, combinando forma aleatoriamente fazendo com que aquilo parecesse falso, como por exemplo, o Parlamento de Londres, que é um Revival gótico, porém que apresenta ressaltos, modelação que não existia na arquitetura gótica, além da horizontalidade facilmente visivel, a qual não pertencia ao estilo Gótico.



As inovações no Historicismo eram cobertas por formas que já haviam sido aceitas do passado, agora, as fabricas mais parecem castelos, bancos com fachadas de igrejas e comercio com fachada renascentista. Eles sabiam que voltando ao passado era uma forma de saber que aquilo seria aceito, pois já o era no passado.
Hoje na cidade de Chapecó temos alguns exemplos disso, um deles é a loja Havan, que mais parece um edifício Neoclássico, não sabemos qual é a intenção desta, porém se a intenção era voltar ao passado sabendo que aquilo um dia já teria sido aceito, não deu muito certo!


           Dentro do historicismo também encontramos a manifestação do exótico, que  também pode ser chamado de Romantismo.
           O Romantismo busca trazer caracteristicas, ou até mesmo arquitetura de outros lugares, trazendo a impressão de exótismo ao ser implantado em um local que não percence a ele. Como é o caso do pagode Kew Gardens: este se encontra em  londres, porém, ao ve-lo, parece estarmos em frente a um edificio localizado na Ásia.


            Em Chapecó podemos também encontrar algumas manifestação de estrangeirismo, como por exemplo um  restaurante chines.
Fonte: Sandrini, 2010.


segunda-feira, 4 de outubro de 2010



 CUBISMO

Esse movimento ocorreu na França entre 1907 e 1914 tendo como seus  principais representantes os pintores Pablo Picasso e Georges Braque e escritor Guilherme Apillinaire.
No entanto seu marco inicial ocorreu em Paris, em 1907, com a tela de Pablo Picasso - Les Demoiselles d''Avignon. Nela Picasso retratou a nudez feminina de uma forma inusitada até então, onde as formas reais, naturalmente arredondadas, deram espaço a figuras geométricas perfeitamente trabalhadas, sendo esta uma das principais características do movimento.

Pablo Picasso. Les Demoiselles d’Avignon.

No cubismo os objetos não eram representados em sua aparência real, as formas da natureza passaram a ser representadas por meio de figuras geométricas, na maioria das vezes, cubos e cilindros. A representação dos objetos era de uma forma subjetiva, decompondo todas as suas partes num mesmo plano, um único objeto podia ser visto por diferentes ângulos ao mesmo tempo.

                                    Três Músicos -  Pablo Picasso                             Le Jour -  Georges Braque                        
                
As principais características no Cubismo são:
  • -Geometrização das formas e volumes;
  • -Renúncia à perspectiva;
  • -O claro-escuro perde sua função;
  • - Representação do volume colorido sobre superfícies planas;
  • - Sensação de pintura escultórica;
  • - Cores austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave.


O cubismo marcou uma verdadeira revolução no campo das artes e caracterizou-se, por uma observação da realidade sob diferentes perspectivas resultando a sua representação numa sobreposição de planos numa geometrização da realidade.
A maioria dos historiadores e críticos, admitem dois fatores que determinaram o surgimento do cubismo, que foram a influência de Paul Cézanne sobre Georges Braque, e a descoberta da escultura negra  por Pablo Picasso. Onde mais tarde, outros artistas deram grandes contribuições individuais ao movimento.

Historicamente o cubismo foi dividido em duas fases:
Cubismo Analítico (1910-1913)
Caracterizado pela fragmentação da obra o artista decompõe a obra em partes, registrando todos os seus elementos em planos sucessivos e superpostos, procurando a visão total da figura em todos os ângulos no mesmo instante. A cor se reduz aos tons de castanho, cinza e bege.
 O objetivo do Cubismo Analítico era o de produzir uma imagem conceptual de um objeto, em vez da sua imagem perceptiva ou visual. Em seu ponto mais alto, atingiu níveis de expressão que ameaçaram ultrapassar a compreensão do observador.

Guerrica - Pablo Picasso

   Cubismo sintético (1913- 1914)
Aqui ao contrário do analítico, as cores eram mais fortes e as formas geralmente vistas de um ângulo apenas, tentando tornar as figuras novamente reconhecíveis. As obras eram feitas através de colagens realizadas com letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal, pequenas partes de jornal e até mesmo de objetos inteiros. O grande representante do Cubismo Sintético foi o artista Juan Gris.

Guitarra - Juan Gris.
  Na cidade de Praga entre 1910-1914, o cubismo se expandiu para outros ramos artísticos, um deles foi à arquitetura, tendo como representantes os arquitetos: Pavel Janak, Josef Gocar, Vlastislav Hofmamn e Josef Chochol, todos inspirados em Picasso e Braque.
Esses arquitetos acreditavamrquitetos ura,a asso e Braque.n e Josef Chochol.tes foram os arquitetos Pavel Janak,               que a energia verdadeira de um objeto interno só poderia ser liberado pela ruptura das superfícies verticais e horizontais, reprimindo o design convencional e decompondo as formas. Agora, os edifícios eram decorados com formas cúbicas e prismáticas, verdadeiras “ Esculturas Habitáveis”.


             
            A casa da Madona Negra - Josef Gocar.                          Edifício de apartamentos Hodek- Josef Chochol
               Praga, República Checa                                                 Praga, República Checa
                                           


No Brasil está vanguarda chega ápos o grande marco das artes:  na Semana de Arte Moderna de 1922.  Mesmo assim, não encontramos artistas com características exclusivamente cubistas em nosso país. Muitos pintores brasileiros foram influenciados pelo movimento e apresentaram características do cubismo em suas obras. Neste sentido, podemos citar os seguintes artistas : Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcanti.



.               Unité d'Habitation, construção de Le Corbusier de 1952.Marseille, França.

    
Pavillon Suisse, construção de Le Corbusier de 1932.  Paris 
                              


O cubismo inovou e radicalizou uma forma de expressão arquitetônica. A influência cubista contribuiu imensamente para a evolução da arquitetura mundial. Foi uma revolução estética para a arte ocidental, onde seus principais focos de resistência foram as artes decorativas e a arquitetura do século XX. O cubismo rompeu com várias características da arquitetura renascentista, com a continuidade espacial, com a aproximação do interior e exterior e com a associação espaço-tempo.
Foi o verdadeiro inicio da arte contemporânea, o fim do movimento cubista deve-se à eclosão da primeira guerra mundial, em setembro de 1914. Não obstante, pelas suas características abstratas, foi bastante adaptável, inspirando movimentos como orfismo; purismo; vortocismo; neo-plasticismo (Piet Mondrian), de que derivaria  Arte concreta, Arte  neoconcreta brasileira e a Optical art; o dadaísmo e o futurismo (Francis Picabia e Marcel Duchamp). Também influiu sobre vanguardas russas, desdobrando-se no suprematismo (Malevitch); e no constrrutivismo (Pevsner e Gabo).



Inspiração cubista nos dias de hoje

Enno de Kroon, artista holandês que usa caixas de ovo nas suas pintura, ele busca se adaptar as idéias de Picasso e Braque.
Enno diz que se inspira muito no cubismo para sair da pintura em tela plana, para mostrar em diferentes ângulos, um objeto, pessoas, paisagem, entre outras.
Nas obras de Enno nota-se que temos de frente uma impressão e de lado outra.
O artista diz que gosta de brincar com as distorções de perspectiva, para as pessoas achem entranho.

Enno de Kroon



O artista brasileiro André Winn, mistura cubismo, dadaísmo e fauvismo em suas obras e dáorigem ao Cubismo Urbano.
André diz que se inspira no cubismo sintético, que retrata varias faces de um tema ao mesmo tempo, de uma forma suave. E também as cores ferozes e fortes que é origem do fauvismo.

André Winn